3.4.08

Contagem Regressiva

Já estão divulgando a Virada Cultural desse ano.
Promete, parece.
Gente boa toda junta, concentrada em 24 horas de muita coisa entre sábado e domingo, 26 e 27 de abril.

Ano passado foi minha primeira Virada Cultural. Noite histórica. Tudo que poderia ter acontecido, aconteceu. Novela mexicana mesmo. Muitas boas músicas e muitas boas apresentações, andarilhos em grupo gigantesco pelo centro de São Paulo, brigas, intrigas, porres e choros, beijos estranhos, beijos na boca, muita risada, muita zueira, xixi em banheiros químicos, e muitas boas fotos. Noite completa. Entre tudo e todos, a cerveja. E de vontade superior, a certeza de diversão. E de força gravitacional, a ressaca - forte, física, moral - do dia seguinte.

Enquanto isso, não muito longe de mim e de toda a novela mexicana (embora mexicana, foi pacífica), meu irmão fugia de balas de borracha e do gás lacrimogênio na Praça da Sé. Não, a violência na Sé não foi maior do que todo o resto da Virada, que aconteceu cheia de méritos. Mas nunca é bom esquecer esse fato, essa violência gratuita, tudo aquilo de confusão no meio da multidão.

Esse ano quero repetir a dose. Não vejo a hora de ter tudo de novo. Serão diferentes as pessoas, mas será tão forte quanto a diversão. Talvez a ressaca de domingo esse ano tenha que ser um pouco menor, porque domingo quero estar lá na Virada também.

A Prefeitura está caprichando no evento. Gente muito fera estará lá, muito concentrada também. Fica todo mundo que nem barata tonta naquele centro deliciosamente cheio na madrugada. Não sabe onde ir, porque são todas as boas opções ao mesmo tempo e agora, sempre, a todo minuto. As pernas cansam de zanzar tanto. A cabeça cansa de tanto estímulo por todos os lados.

Mas é coisa bonita de ver, o centro lotado, seguro, bonito, e as pessoas felizes. De casais de velhinhos a famílias com crianças, a turmas de jovens. E em todos os grupos, gente de tudo quanto é canto. Do centro, da periferia, dos bairros nobres, dos bairros pobres. Punks e descolados, GLS e a turma do Hip Hop. Todo mundo lá, andarilho do mesmo jeito, na mesma noite, no centro.

Não vejo a hora de chegar a Virada Cultural esse ano. Faço contagem regressiva desde o ano passado. É festa bonita de se ver, a Paulicéia ainda mais desvairada. Música que São Paulo merece, dança que São Paulo quer, semana difícil e um final de semana histórico que compensa tudo. Ô coisa linda de acontecer... coisa linda linda linda.

Apenas como não poderia deixar de ser, uma crítica política. Esse ano o Kassab simplesmente dobrou o investimento na Virada, com relação ao ano passado. Óbvio que esse aumento no investimento tem relação direta com o ano de eleição. Isso é coisa feia de ver. Coisa muito feia. Outra crítica política: os caras excluíram os Racionais para esse ano. Fico me perguntando se é medo que se repita o mesmo absurdo do ano passado, quando a PM pulou em cima da galera com tudo.

De qualquer forma, é isso aí.
26 e 27 de abril, aquela coisa histórica e gostosa: Virada Cultural.
Tô na contagem regressiva.
Não vejo a hora.

3 comentários:

Emilia disse...

mariiiiiiii
eu vou com vc na viradaaaaaaa
ano passado tb foi a minha primeira
e quero repetir a dose este ano!!!
bjs!

Marix Flammes, Nina. disse...

Queridoca, que legal que você quer ir também!!
Eba eba, vamos juntar uma trupe!!
Beijão,

Evelyn disse...

ouvi que o Racionais ta com show na frança (será) no dia da virada....

me go, depois do Rappa em Mogi Guaçu e provavelmente no final da tarde de domingo...quero ver se pego o X-games ainda....