23.9.07

Eu tive um sonho ruim...

...e acordei chorando.

Será que você ainda pensa em mim?

E aí está, domingo, lá fora ensolarado, aqui dentro, nublado de lágrimas.

E fim.

Festa com muita bebida e muita gente.

Os dois, estranhos no ninho, mas ele mais do que ela - as amigas DELA estavam organizando a festa.

Só tinham se falado na entrada, mas o clima estava tenso, e onde ela estava ele não estava. E vice-versa.

Ao longo da semana, parecia que as negociações para retomar o contato estavam sendo bem-sucedidas.

Música alta.

Ele pede dois cigarros. Ela pergunta para quem é o segundo cigarro, já imaginando que era para a menina que estava dando em cima dele. Ele fala que é para a menina do Sul, muito gente fina por sinal.

Sem razão nenhuma de ser, ela solta: "estou absolutamente entregue aos prazeres carnais esses dias". Ele fica abismado, não entende. Ela tem que explicar: "só como, bebo e fumo ultimamente". Ele pergunta: "por que você está me falando isso?? Foi VOCÊ quem terminou o namoro!"

E aí começa a discussão, sem pé nem cabeça, que dá voltas, que só revive o passado, que não pensa em soluções pro futuro, que tem mágoas para demonstrar o amor. Ela é chamada de idiotinha, estupidinha por ele. Ele é violento como forma de expressar a falta que ela faz. Ela só quer demonstrar o amor como forma de expressar a falta que ele faz. Os dois conversam o tempo todo agarrados um ao outro, em uma íntima proximidade, demonstrando a mais profunda saudade, com medo que isso resulte no beijo na boca que não se conhece há tanto tempo.

Os dois sozinhos estão, cada um a seu modo, derrotados. E ao mesmo tempo, tentando levantar.

A conversa não acaba, mas ela se cansa, vira as costas, vai embora - cambaleante. Tanto álcool que ela mal conseguia ficar de pé.

No dia seguinte, ressaca física e emocional se misturam e se alimentam em uma fossa braba. Se ela achava que conhecia o fundo do poço, agora tem certeza que o poço pode ser sempre mais fundo.

Quem disse que final feliz existe?

E fim.

21.9.07

Three wise men

Gotta ask yourself the question: where are you now?
Look who's alone now, it's no me, it's no me...

Bom, ok. Essa música tem estado bastante na minha cabeça ultimamente... and I wonder why!!

Gosto bastante daquela guitarrinha introdutória... e aquela coisa de melancolia feliz. Enfim, muito bom.

20.9.07

Declaração de amor

Esse post tem quatro títulos possíveis. O que está acima e:
2 - Tratado sobre a dúvida
3- Ai que saudades
4- Quando dormir vira uma atividade pertubadora


I can't live with or without you.
Essa frase nunca fez tanto sentido na minha vida... não saber viver com ou sem uma pessoa.

Os olhos mentem dia e noite a dor da gente.
Porque a dor hoje é intensa, assim como era há uma semana, ou há quinze dias, ou mesmo há um mês, quando ainda estávamos juntos.

O fim é belo e incerto - depende de como você vê.
Só enquanto eu respirar vou me lembrar de você.
E se o fim é incerto, o amor pode ser belo. E pensar nele a toda hora do meu dia, em todos os momentos, os minutos, em todas as ações, em cada respiração, pensar nele sempre sempre sempre, e sentir a ausência mais presente do mundo, isso é dolorido.

Eu nunca achei que eu pudesse realmente me apaixonar por uma pessoa a ponto de achar que os momentos ao lado dela seriam mágicos. A ponto de chorar ao lembrar dos ataques de riso que tínhamos juntos, ou dos micos que pagamos, ou das aventuras, ou até mesmo das brigas, dos diálogos bonitinhos, da química, dos telefonemas antes de ir dormir... muita gente fala que namoro de sete meses é um namoro curto. Para mim, sete meses foram o suficiente para eu perceber quanto o amo. AINDA o amo.

Mas fica ruim quando amar alguém significa uma angustia sem fim, significa o desenvolvimento de mil instrumentos de defesa, significa não poder mergulhar no relacionamento porque isso seria sinônimo de sofrer.

Meu amigo racional me disse: o namoro é uma matemática. O quanto cada um investe no relacionamento deve ser sempre diretamente proporcional à expectativa do outro. O mesmo amigo, ironia do destino ou não, disse que odiava Brasilia até se mudar para lá, quando ele passou a amar a cidade.

Ontem ouvi no rádio a música que eu queria que ele ouvisse: Tão Bem, do Lulu Santos.
E ela me faz tão bem, ela me faz tão bem... que eu também quero fazer isso por ela.

É isso aí. Enquanto isso, estou triste. Queria que ele me conquistasse, queria que ele mostrasse que ele também quer que nós fiquemos juntos, e que ele vai se esforçar para que nós fiquemos juntos. Queria tentar de novo, de outra forma, em um relacionamento de duas pessoas felizes - e não de uma pessoa feliz e outra triste. Queria tentar de novo, em um relacionamento em que os dois vão jardinar juntos.

Talvez tudo isso seja pedir muito para ele, já que são tantas as coisas que acontecem na vida dele agora, que ele não dá conta de tudo. Isso eu entendo. Mas eu também entendo que então... então cairemos no bom e velho clichê da "pessoa certa na hora errada". Porque afinal, um relacionamento não sobrevive só de amor.

Aí a gente cai, vai pro fundo do poço, descobre que o poço sempre pode ser mais fundo, descobre que as lágrimas nunca secam, e descobre que não se pode controlar os sonhos - e aí dormir vira uma atividade um tanto quanto perturbadora.

Mas tudo segue. E o que eu mais ouço ultimamente é: só o tempo mesmo...

Ok. Mais um post diarinho para esse blog, que não nasceu para ser diarinho.