20.9.07

Declaração de amor

Esse post tem quatro títulos possíveis. O que está acima e:
2 - Tratado sobre a dúvida
3- Ai que saudades
4- Quando dormir vira uma atividade pertubadora


I can't live with or without you.
Essa frase nunca fez tanto sentido na minha vida... não saber viver com ou sem uma pessoa.

Os olhos mentem dia e noite a dor da gente.
Porque a dor hoje é intensa, assim como era há uma semana, ou há quinze dias, ou mesmo há um mês, quando ainda estávamos juntos.

O fim é belo e incerto - depende de como você vê.
Só enquanto eu respirar vou me lembrar de você.
E se o fim é incerto, o amor pode ser belo. E pensar nele a toda hora do meu dia, em todos os momentos, os minutos, em todas as ações, em cada respiração, pensar nele sempre sempre sempre, e sentir a ausência mais presente do mundo, isso é dolorido.

Eu nunca achei que eu pudesse realmente me apaixonar por uma pessoa a ponto de achar que os momentos ao lado dela seriam mágicos. A ponto de chorar ao lembrar dos ataques de riso que tínhamos juntos, ou dos micos que pagamos, ou das aventuras, ou até mesmo das brigas, dos diálogos bonitinhos, da química, dos telefonemas antes de ir dormir... muita gente fala que namoro de sete meses é um namoro curto. Para mim, sete meses foram o suficiente para eu perceber quanto o amo. AINDA o amo.

Mas fica ruim quando amar alguém significa uma angustia sem fim, significa o desenvolvimento de mil instrumentos de defesa, significa não poder mergulhar no relacionamento porque isso seria sinônimo de sofrer.

Meu amigo racional me disse: o namoro é uma matemática. O quanto cada um investe no relacionamento deve ser sempre diretamente proporcional à expectativa do outro. O mesmo amigo, ironia do destino ou não, disse que odiava Brasilia até se mudar para lá, quando ele passou a amar a cidade.

Ontem ouvi no rádio a música que eu queria que ele ouvisse: Tão Bem, do Lulu Santos.
E ela me faz tão bem, ela me faz tão bem... que eu também quero fazer isso por ela.

É isso aí. Enquanto isso, estou triste. Queria que ele me conquistasse, queria que ele mostrasse que ele também quer que nós fiquemos juntos, e que ele vai se esforçar para que nós fiquemos juntos. Queria tentar de novo, de outra forma, em um relacionamento de duas pessoas felizes - e não de uma pessoa feliz e outra triste. Queria tentar de novo, em um relacionamento em que os dois vão jardinar juntos.

Talvez tudo isso seja pedir muito para ele, já que são tantas as coisas que acontecem na vida dele agora, que ele não dá conta de tudo. Isso eu entendo. Mas eu também entendo que então... então cairemos no bom e velho clichê da "pessoa certa na hora errada". Porque afinal, um relacionamento não sobrevive só de amor.

Aí a gente cai, vai pro fundo do poço, descobre que o poço sempre pode ser mais fundo, descobre que as lágrimas nunca secam, e descobre que não se pode controlar os sonhos - e aí dormir vira uma atividade um tanto quanto perturbadora.

Mas tudo segue. E o que eu mais ouço ultimamente é: só o tempo mesmo...

Ok. Mais um post diarinho para esse blog, que não nasceu para ser diarinho.

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