23.1.09

Fofuchos

Eles não são uns queridos?
Você não os receberia em sua casa para o jantar?
Você não votaria nele, acreditando que ele realmente consegue mudar?

Eu os convidaria para jantar e seria amiga deles com o maior prazer... e ao mesmo tempo, realmente confiaria nessa família morando na White House.
Agora, das pessoas que eu recebo lá em casa para jantar, pouquíssimas eu confiaria para a presidência de qualquer país. E dos últimos eleitos na presidência dos EUA, só o Obama eu convidaria pro jantar. Aqui no Brasil, eu definitivamente convidaria o Lula. Mas jamais convidaria os Kirchner. E os Bush então, quero que eles passem longe de lá de casa.

O ponto é que o cara vai encontrar uma bucha pela frente nesses quatro anos de mandato.
E talvez a "lenda Obama" tenha sido muito beneficiada pelas tantas cagadas feitas ao longo de oito anos de Governo Bush.
O cara também já começa causando uma certa decepção: a equipe de governo dele não é exatamente a mudança que o mundo esperava que ele promovesse.
Mas também prova que ele é bastante cauteloso com as mudanças que ele quer fazer, a ponto de se aproveitar de peças que faziam parte de equipes que já foram bem-sucedidas.
Em dois dias de governo ele estipulou o fim de Guatánamo (aleluia) e se ocupou bastante com a crise.
Em vinte minutos de discurso de posse, ele avisou a todos que não será fácil, mas inseriu os EUA de novo na ordem internacional - não se fez de "país aleatório dono da própria ordem" como Bush o fazia.

Mas no final eu não queria promover discussões políticas, porque aqui não é o fórum para isso. Eu só queria mesmo é dizer que eu gosto dos Obamas, acho que todos têm um sorriso mais sincero do que se vê usualmente em famílias de políticos.
Eu confio no Obama e confio que, mesmo que não seja um governo fácil, após quatro anos de mandato os EUA (e o mundo) estarão melhores do que estão hoje.

Eu chorei no dia que ele foi eleito, chorei no dia da posse, e na véspera da posse, sonhei que estava em Washington.

É isso. Estou feliz que ele está lá agora.

19.1.09

Momento de desabafo e de desespero

Por que tem tanto louco nesse mundo?

E por que todo louco desse mundo acha que eu estou disponível para os devaneios dele?

E por que todo louco desse mundo que acha que eu estou disponível para os devaneios dele vem parar justo nesse meu ramalzinho 808 desse número de telefone comercial ao qual eu atendo?

18.1.09

Rocket Man

ANTES
Caiu forte a chuva ontem aqui.
Mas não desanimou esse triozinho constituído por mim e por meus pais.
Minha mãe se encontrava em uma espécie inédita de êxtase e ansiedade adolescente, medo do desconhecido, vontade de ver o ídolo. Se comportava como umas menina de 15 anos. Fazia perguntas bobas: "Filha, com que roupa eu vou?", "Filha, estou com medo de te perder na multidão". Naquela ocasião de ontem, eu fazia o papel de mãe de duas crianças amendrotadas descobrindo um novo mundo onde pessoas ficam de pé 4 horas, pegam fila, passam por empurras-empurras, tomam chuva, para ver o ídolo. A gente tinha que andar sempre de mãos dadas.

SHOW DE ABERTURA
James Blunt, a unanimidade planetária conhecida como "o chatinho do pianinho", ele e seu ar de mauricinho mimado e carente, superou minhas expectativas. Antes mesmo que eu me controlasse, estava lá cantando os seus agudos, cantando "You're beautiful", "Three Wise Men", "1973". Canções mela-cueca sem sentido em absoluto, e chatas por princípio, trilhas sonoras de novelas tediosas, top-ten hits da Alpha FM e da Atena 1 FM, mas que foram um bom esquenta.

INTERVALO
Até que depois de sermos xingados por muita gente (não consegui conter minha mãe-adolescente que muitas vezes ultrapassava os limites do bom senso em um show de multidão e de pista), chegamos a um lugarzinho naquele Anhembi que era quase um oásis. Não porque ele tinha qualquer coisa de diferente das pistas de shows desse tipo. Mas porque estávamos, e isso é sério, cercados por pessoas MUITO legais e que interagiram com a gente o tempo todo no show. Formamos quase que uma turma de velhos amigos que vai em bando para shows.

Atrás de nós, uma família de um casal cinquentão e uma mãe (irmã da esposa do casal) com sua filha da minha idade; de um lado, dois casais gays lá pelos seus 30 anos, por quem minha mãe se apaixonou - eles viraram os xodózinhos dela ao longo do show. Do outro, um casal de héteros fofos e simpáticos e bem educados. Lá perto também, reencontrei uma amiga de Brasília que tinha vindo para São Paulo com o namorado só para o show e que tinha perdido contato com ela desde 2005. Na nossa frente, um grupo de 7 caras que eram amigos de infância e tinham uma banda cover do Elton John quando pequenos - eles sabiam TODAS as músicas de cor e viraram meus amigões do peito.

O SHOW
Britanicamente às 22hrs, Sir Elton subiu ao palco. Ele, seu paletó com motivos tropicais (!!!), e seu piano de cauda.

Em "Tiny Dancer" e "Daniel", "Sacrifice", "Rocket Man", o que estava rolando era um "esquenta" pro que viria. A pausa, com Elton sozinho no piano em "Candle in the wind" e "Sorry seems to be the hardest word", aumentou o coro de todo mundo que lá estava. E aí a festa reinou absoluta, com "Sad songs (say so much)", "I Guess that's why they call it the blues", "Benny and the Jets", "Philadelphia Freedom", "I’m Still Standing", "Crocodile Rock" e "Saturday Night’s All Right for Fighting". Ele saiu do palco, fez o charminho, e voltou para duas últimas músicas solo no piano, acompanhadas em uníssono por uma platéia que tinha orgasmos múltiplos: "Skyline Pigeon" e "Your Song".

O som poderia estar mais alto e os telões poderiam ter funcionado sem os percalços. Mas o show foi para além das minhas expectativas e mais um pouco. Em duas horas e vinte de reinado absoluto, o surto coletivo estava lá.

Elton se despediu emocionado, com cara de choro. Ao meu lado, minha mãe chorava. E quando voltamos para casa, só sabíamos cantar - além de tudo, com 7 telefones de pessoas que viraram novos amigos, mesmo que só para essa circunstância específica. E a relação do triozinho aqui saiu fortalecida, por eu conhecer um lado deles que eu não conhecia ainda - e vice-versa.

Antes e hoje

Julho, 2006 - Flor


Janeiro, 2007 - Flor
Janeiro 2009, Flor

Julho, 2006 - Bandeira

Janeiro, 2007 - Bandeira


Julho, 2006 - Uma rua em Colonia del Sacramento

Janeiro, 2009 - Uma rua em Colonia

Julho, 2006 - vendo o Rio da Prata em Colonia

Janeiro, 2009 - Vendo o Rio da Prata em Colonia

Julho, 2006 - Farol de Colonia

Janeiro, 2009 - Farol de Colonia

Antes e hoje.
E aí?
O que mudou?
Nas fotos, as circunstâncias mudaram - mas a essência permaneceu a mesma.
Talvez o "chorão" às margens do Rio, assim como qualquer outra imagem de natureza que esteja nas fotos, tenha mudado pelas circunstâncias do tempo.
Ora, talvez eu já tenha algumas ruguinhas (mesmo que discretas) nas laterais dos meus olhos.
Mas o que se tem de concreto é também o que se tem de construído.
E é isso o que permanece - seja na foto, seja na vida.
Porque afinal somos muito isso: uma história em constante construção e em constante mudança - mas que não subtrai experiências, e sim as agrega.
Nas fotos também, o foco mudou - foram tiradas de um lado ou de outro do objeto, mais de perto ou mais de longe.
Na vida, a ótica muda - e os pontos de vista também.
Afinal,
"prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo".
Dos 23 para os 26.
Eu sou quem eu era, mas com alguma coisa a mais -
um foco diferente, um novo perfil, fotos um pouco mais ensolaradas, algumas batalhas travadas, algumas vitórias e outras tantas derrotas.
E, afinal, derrotas não se constituem como tal se se transformarem em aprendizados.
"Eu quero já não quero mais / ser um vencedor / levo a vida devagar / para não faltar amor."
E de tudo isso, fica a sensação de que "tudo acaba onde começou".
Identifico o que vivo hoje, e o que vivi no reveillon, como o fim de um ciclo e o começo de outro.
O ciclo de descobertas que começou em julho de 2006.
E que permanece, ainda hoje.
Mas as descobertas são outras... a gente amadurece.
E a gente fica mais humano e menos iludido.
Por isso um ciclo se fecha.
Sonhar vale,
Se machucar com a ilusão, não.
O "sonho dos maduros" é quase "o sonho que se sonha junto".
O "sonho dos maduros" é concebido já como realidade.
Cada um tem a sua história mas, afinal,
"Pedro as coisas não são bem assim".
As demandas estão mais ágeis e o tempo para a decisão, mais urgente.
Mas a digestão das mudanças acontece mais devagar.
E afinal, o que é a tal da busca pela felicidade nesse mundo em constante turbulência?
Estamos, será, ficando amargos?
Deixando de acreditar na felicidade?
Ou estamos ficando mais reais e realistas?
E então: o que há de negativo no realismo?
A tirania de Caligula, que sai em busca da lua?
"J'ai besoin de la lune" (Albert Camus)
Brahma, na mitologia hindu, que tem a Aurora como sua filha e a Noite como sua ignorância.
Deméter, da agricultura e da colheita, e Afrodite, do amor erótico e da fertilidade.
Um pouco de tudo isso.
E um pouco por isso,
Que escrevo só em 18 de janeiro sobre o que eu descobri no ano novo.
Um pouco por isso que a yoga se faz tão necessária.
Um pouco por isso que quero todas as sextas com bom vinho e boa conversa.

14.1.09

Trilha Sonora...

...da vida boa que chega nova em 2009?

Skank - Estandarte
Continua o mesmo Skank de sempre, mas, como dizem os críticos de música, "a cada disco mais maduro".
Estandarte para mim é um pouco isso:
o Skank de "Samba Poconé", que tocava nas festas da escola;
virou o Skank de "Resposta", que eu queria que as minhas amigas ficassem decorando nas nossas férias de julho de 1998, no 1o colegial;
virou o Skank de "Maquinarama", disco fantástico;
embalou minhas paixões de 2005 com "Balada do Amor Inabalável" e "Amores Imperfeitos".

E agora com Estandarte me faz pirar desde o ano passado com "Ainda gosto dela" (Negra Li rules!). E desde que o ano começou, fico aqui pirando com "Noites de um Verão Qualquer", "Escravo", "Notícias do Submundo", "Sutilmente", "Um Gestão Qualquer", "Assim sem fim"... enfim...

Quando eu penso em música pop (de massa mesmo, nada indie), de fácil acesso (sim, os caras pagam jabá) e de primeira qualidade, vem Skank na cabeça.

E eu quero que todas as minhas noites de verão desse ano sejam uma noite de um verão qualquer.

Geografias

Três lugares reais.
Um lugar fictício.
Duas datas.

De São José do Rio Preto:
- o convite para ir a Barreto ver a festa do peão de boiadeiro;
- as histórias engraçadas da tia de Santa Bárbara d’Oeste;
- o sotaque gostoso e caipirinha;
- o ato de achar “fresquinha” uma noite paulistana de 28 graus Celsius (!!!!!!) na qual eu suei tal qual uma condenada a arder nos mármores do inferno;
- as notícias de Fernando de Noronha;
- a rotina da “família de três” que se distorceu para recebê-los (e eu fiquei sem o meu banheiro, que eu desaprendi a dividir);
- a felicidade dos meus pais em receber os bons amigos;
- as gargalhadas noite adentro e uma casa em festa como há tempos se vê e há tempos se gosta.

De Salvador:
- o sotaque que me faz feliz quando eu ouço;
- a vontade de ter Dorival Caymmi no som, sempre;
- a vontade de ter Dorival Caymmi sussurrando preguiçoso no meu ouvido (se eu tivesse nascido alguns bons anos antes);
- a certeza (estranha) de que é tudo tão errado que, no final, está tudo certo;
- a companhia (certa, boa) para uma breja em noite quente (ainda ardo no mármore do inferno);
- a chuva que teve seu papel especial na noite;
- tudo isso, um sorriso e uma mágica.

De São Paulo:
- o pernilongo no ouvido a noite inteira;
- o calor abafado, sem vento, insuportável;
- uma barata escondida debaixo da minha cama;
- o trabalho louco;
- um bom samba;
- no termômetro, insuportáveis 28 graus Celsius se repetindo noite após noite.

De Triunfo:
- o final de novela mais pastelão e atrapalhado que eu já vi na vida: a cena de 2a feira, da Flora abraçando a Donatella, foi um abuso na boa vontade de qualquer um.
(e olha que só estou assistindo essa novela esse ano, já que todos estão falando disso)

Em nove de janeiro:
- os 28 anos de casamento lindamente comemorados.
Dizem minhas amigas que não é à toa que sou romântica e que tenho sonhos de amor eterno, quando essa é a realidade que conheço de perto e cujo exemplo eu vejo todos os dias no meu dia-a-dia.

Em catorze de janeiro:
a música que estava tocando quando eu liguei o rádio assim que eu acordei era "All you need is love". E eu acho que ando menos rabugenta ultimamente.

10.1.09

Você fez planos para 2009?

Pois bem. Fiz essa pergunta a muitas pessoas.

E acho que esse ano está rolando uma "anestesia generalizada pós 2008". Eu estou achando isso animal, aliás, porque quanto menos planos menos expectativas, e quanto menos expectativas, mais se ganha. Para além disso, acho também que após o caótico 2008 todos conseguiram atingir, de um jeito ou de um outro, e mesmo que capengando ao longo do ano, um nível de satisfação mais ou menos alto que coincide com a resolução de ter menos expectativas e se ater mais ao que é concreto.

Pelo menos é assim que eu estou. E assim também é com a maioria das pessoas que me cercam - menos sonhadores estão todos, e também, um pouco mais certos de seu feliz poder de sair por aí conquistando.

2008 é, um pouco, a prova viva de que a "Teoria do U" veio para ficar. Alguns pesquisadores desenvolveram essa tese e eu ouvi falar dela semana passada, tomando um café. E do que eu entendi, é mais ou menos isso: na letra U, se você vai de um ponto ao outro pela linha reta que ligaria os dois pontos, você atinge seu objetivo de forma mais rápida e fácil e tranquila. Mas estamos optando por seguir o caminho do U, fazer a curva inteira. É notavelmente um caminho mais longo e mais penoso, e definitivamente muito mais difícil. Mas em toda essa longa trajetória, na verdade é o amadurecimento e a aprendizagem que ficam: quando se atravessa o U fazendo a curvinha, e chegamos no ponto final, estamos diferentes.

O "U" é, na verdade, a teoria de sobrevivência no caos. É tipo "baby, se toca, o caos está aí e isso é fato consumado". E aí, como você vai tirar proveito disso? Vai querer sair da montanha russa e impedir que o trem desça todo o caminho? Ou vai se jogar na curva e levantar os braços e gritar quando a montanha russa estiver caindo? Vai gastar energia resistindo? Ou vai se entregar?

O "U" também representa o presente mais presente: ele te consome de tal forma que não se pensa nas saudades do passado e mal se faz planos pro futuro. É o presente, te atendo ao chão e à realidade.

Após um ano de Oxum (2007) e de Ogum (2008), um ano de Oxóssi.

Pára para pensar, coloca isso na sua vida. Quando olhamos, há muito tempo não existe mais aquela fase de tranquilidade "ok, esse setor da minha vida está tranquilo e encaminhado". Não se vê mais isso. O "U" está aí, está dado, e aqui ficamos nós, subindo e descendo. Emendando um "U" no outro. Achando que não temos mais forças - e sempre temos mais forças. Em todos os setores, o caos reinando, tudo ao mesmo tempo agora.

E aí, quem vai se esquivar da briga?
Quem vai negar o "U"?
Quem vai embarcar nessa?

Por essas e outras que eu não sei nem se seria necessário fazer planos e promessas e resoluções para 2009. Acho que sou mais feliz aceitando o "U" e vivendo dentro dele.

6.1.09

Música do Dia

A Festa do Santo Reis
(Tim Maia)

Hoje é o dia de Santo Reis
Anda meio esquecido
Mas é o dia da festa de Santo Reis
Hoje é o dia de Santo Reis
Anda meio esquisito mas é o dia da festa
De Santo Reis...
Eles chegam tocando
Sanfona e violão
Os pandeiros de fita
Carregam sempre na mão
Eles vão levando
Levando o que pode
Se deixar com eles
Eles levam até os bodes...
É os bodes da gente
É os bodes, mééé
É os bodes da gente
É os bodes, mééé...
Hoje é o dia de Santo Reis
Hoje é o dia de Santo Reis

Novidade já

Pois bem, mal começou o ano e nesse blog, duas novidades muito queridas.

No link ao lado, "O coletivo de elefante é manada", só blog de pessoas conhecidas e queridas.
Mas hoje a lista cresceu com dois blogs bacanas.

Um deles, de uma pessoa que trabalha comigo há quase dois meses, faz parte do "povinho sustentável" e é muito bacana - em seus textos, em suas idéias, nas piadas no dia-a-dia do trabalho.
Visitem aqui:
http://pegueiobondeandando.blogspot.com/
Inclusive desse blog eu reproduzo para mim também a "desobediência lingüístico-civil" - maiores discussões e motivos, no post dela de 02/jan.

E o outro, aqui: http://farfallinare.blogspot.com/
Da amigona do peito na vida real e que virou amiga de blog e de mundo virtual também, a quem eu amo absurdamente. Ela começou o ano fazendo milhares de coisas demais de lindas, e uma delas foi começar o ano nessa aventura louca que é compartilhar seu mundo em um blog.

É isso aí! Divirtam-se com esses blogs, e que 2009 seja realmente animal como vem prometendo!

5.1.09

Lindo Dia, Los Pericos

O videozinho está aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=ilmfo100b-c

Em todos os cantos:
no táxi, no restaurante, na loja, em um carro parado no farol, no loja de discos de San Telmo, no albergue vizinho do meu hotel, no kiosko, no locutório de internet.
É "A música argentina do verão 2009".

E já que meu lema para esse ano é "2009 VAI SER ANIMAL!", essa é a música que melhor acompanha esse lema.

E a todos, bem vindos ao ano animal de 2009, que já começa prometendo emoções e aventuras!

Los Pericos - Lindo día
Lindo día para estar echado bajo el sol
Lindo día para armando
Desde el balcón colgado estoy
El humo se fue hacia las nubes
Todo sera tan natural
La flor que ardió me sube
Lindo día para estar echado bajo el sol
Lindo día para estar armando
Todo esta bien y soy feliz
Si el tiempo paso, no se
Cualquier color suena mejor
Volando sin rumbo en mi cuelgue me dejo llevar.
Lindo día para estar echado bajo el sol
Lindo día para estar armando.
Lindo día para estar...
Pensando en vos me río hoy
Lo malo de ayer ya fue
La rama me habló y me dijo
Las cosas pequeñas te enseñan a poder seguir
Lindo día para estar echado bajo el sol
Lindo día para estar armando...