14.1.09

Geografias

Três lugares reais.
Um lugar fictício.
Duas datas.

De São José do Rio Preto:
- o convite para ir a Barreto ver a festa do peão de boiadeiro;
- as histórias engraçadas da tia de Santa Bárbara d’Oeste;
- o sotaque gostoso e caipirinha;
- o ato de achar “fresquinha” uma noite paulistana de 28 graus Celsius (!!!!!!) na qual eu suei tal qual uma condenada a arder nos mármores do inferno;
- as notícias de Fernando de Noronha;
- a rotina da “família de três” que se distorceu para recebê-los (e eu fiquei sem o meu banheiro, que eu desaprendi a dividir);
- a felicidade dos meus pais em receber os bons amigos;
- as gargalhadas noite adentro e uma casa em festa como há tempos se vê e há tempos se gosta.

De Salvador:
- o sotaque que me faz feliz quando eu ouço;
- a vontade de ter Dorival Caymmi no som, sempre;
- a vontade de ter Dorival Caymmi sussurrando preguiçoso no meu ouvido (se eu tivesse nascido alguns bons anos antes);
- a certeza (estranha) de que é tudo tão errado que, no final, está tudo certo;
- a companhia (certa, boa) para uma breja em noite quente (ainda ardo no mármore do inferno);
- a chuva que teve seu papel especial na noite;
- tudo isso, um sorriso e uma mágica.

De São Paulo:
- o pernilongo no ouvido a noite inteira;
- o calor abafado, sem vento, insuportável;
- uma barata escondida debaixo da minha cama;
- o trabalho louco;
- um bom samba;
- no termômetro, insuportáveis 28 graus Celsius se repetindo noite após noite.

De Triunfo:
- o final de novela mais pastelão e atrapalhado que eu já vi na vida: a cena de 2a feira, da Flora abraçando a Donatella, foi um abuso na boa vontade de qualquer um.
(e olha que só estou assistindo essa novela esse ano, já que todos estão falando disso)

Em nove de janeiro:
- os 28 anos de casamento lindamente comemorados.
Dizem minhas amigas que não é à toa que sou romântica e que tenho sonhos de amor eterno, quando essa é a realidade que conheço de perto e cujo exemplo eu vejo todos os dias no meu dia-a-dia.

Em catorze de janeiro:
a música que estava tocando quando eu liguei o rádio assim que eu acordei era "All you need is love". E eu acho que ando menos rabugenta ultimamente.

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