18.1.09

Antes e hoje

Julho, 2006 - Flor


Janeiro, 2007 - Flor
Janeiro 2009, Flor

Julho, 2006 - Bandeira

Janeiro, 2007 - Bandeira


Julho, 2006 - Uma rua em Colonia del Sacramento

Janeiro, 2009 - Uma rua em Colonia

Julho, 2006 - vendo o Rio da Prata em Colonia

Janeiro, 2009 - Vendo o Rio da Prata em Colonia

Julho, 2006 - Farol de Colonia

Janeiro, 2009 - Farol de Colonia

Antes e hoje.
E aí?
O que mudou?
Nas fotos, as circunstâncias mudaram - mas a essência permaneceu a mesma.
Talvez o "chorão" às margens do Rio, assim como qualquer outra imagem de natureza que esteja nas fotos, tenha mudado pelas circunstâncias do tempo.
Ora, talvez eu já tenha algumas ruguinhas (mesmo que discretas) nas laterais dos meus olhos.
Mas o que se tem de concreto é também o que se tem de construído.
E é isso o que permanece - seja na foto, seja na vida.
Porque afinal somos muito isso: uma história em constante construção e em constante mudança - mas que não subtrai experiências, e sim as agrega.
Nas fotos também, o foco mudou - foram tiradas de um lado ou de outro do objeto, mais de perto ou mais de longe.
Na vida, a ótica muda - e os pontos de vista também.
Afinal,
"prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo".
Dos 23 para os 26.
Eu sou quem eu era, mas com alguma coisa a mais -
um foco diferente, um novo perfil, fotos um pouco mais ensolaradas, algumas batalhas travadas, algumas vitórias e outras tantas derrotas.
E, afinal, derrotas não se constituem como tal se se transformarem em aprendizados.
"Eu quero já não quero mais / ser um vencedor / levo a vida devagar / para não faltar amor."
E de tudo isso, fica a sensação de que "tudo acaba onde começou".
Identifico o que vivo hoje, e o que vivi no reveillon, como o fim de um ciclo e o começo de outro.
O ciclo de descobertas que começou em julho de 2006.
E que permanece, ainda hoje.
Mas as descobertas são outras... a gente amadurece.
E a gente fica mais humano e menos iludido.
Por isso um ciclo se fecha.
Sonhar vale,
Se machucar com a ilusão, não.
O "sonho dos maduros" é quase "o sonho que se sonha junto".
O "sonho dos maduros" é concebido já como realidade.
Cada um tem a sua história mas, afinal,
"Pedro as coisas não são bem assim".
As demandas estão mais ágeis e o tempo para a decisão, mais urgente.
Mas a digestão das mudanças acontece mais devagar.
E afinal, o que é a tal da busca pela felicidade nesse mundo em constante turbulência?
Estamos, será, ficando amargos?
Deixando de acreditar na felicidade?
Ou estamos ficando mais reais e realistas?
E então: o que há de negativo no realismo?
A tirania de Caligula, que sai em busca da lua?
"J'ai besoin de la lune" (Albert Camus)
Brahma, na mitologia hindu, que tem a Aurora como sua filha e a Noite como sua ignorância.
Deméter, da agricultura e da colheita, e Afrodite, do amor erótico e da fertilidade.
Um pouco de tudo isso.
E um pouco por isso,
Que escrevo só em 18 de janeiro sobre o que eu descobri no ano novo.
Um pouco por isso que a yoga se faz tão necessária.
Um pouco por isso que quero todas as sextas com bom vinho e boa conversa.

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