23.12.08

And so this is Christmas

E eu não tinha entendido ao certo que é Natal até sexta à noite, quando me debulhei em lágrimas vendo a fonte do Ibirapuera tocar música e dançar. Logo em seguida, vi a dança das estrelas da Ponte Estaiada.
E Natal é isso: não adianta quanto te avisem que é Natal e quanto iluminem a cidade: a gente nunca vai entender que realmente é Natal quando aquela nossa ficha natalina cai. E eu sei lá os mecanismos de cada um para que essa ficha caia - para alguns ela nunca cai.
De repente, como que em um passe de mágica, inundada no clima natalino e na minha crença em Papai Noel (voltei a acreditar nele esse ano), resolvi curtir o clima natalino.
Domingo foi lindo ver a menina pequenina brincando com a árvore de Natal, boba que só, com tanta coisa nova e linda.
Sábado o shopping e a Paulista estavam tão natalinos que estavam simplesmente encantadores. Tanta gente na rua, já em clima de festa.
E ontem, voltando da happy hour, vim caminhando pela Paulista. Era de emocionar a quantidade de pessoas passeando, vendo os enfeites, vendo os shows. Famílias, crianças, velhinhos... aparentemente todos ali acreditavam em Papai Noel, assim como eu...

E para 2009 o que eu quero é basicamente isso: que 2009 deixe 2008 no chinelo.
E que todos acreditem em Papai Noel, pelo menos um pouquinho, porque essa coisa de manter o sorriso de criança mesmo quando a gente vira adulto-ultra-cético-sarcástico-cínico é quase uma questão de sobrevivência.

Top 4 desejos legais de final de ano para esse ano de 2008:

Do chefe:
"(...) Quer mudar o mundo? Basta um ato de genmerosidade ao acaso a cada momento. (...) Desejo que o melhor dia de 2008 se compare ao pior de 2009."

Da nossa equipe, para o resto do mundo:
"Em 2009 eu vou..." (ver link dois posts abaixo)

De uma empresa parceira:
"Os momentos de crise são os melhores para olhar para dentro e renovar. É a oportunidade surgindo. Que a busca por novas e boas soluções resulte em uma vida mais sustentável para todos nós"

De uma empresa amiga:
"Quando você estiver em cima da cadeira, vestindo branco, com a roupa de baixo amarela (ou rosa), comendo doze caroços de romã, doze uvas, uma colherada de lentilha, colocando o louro na carteira, segurando alguma peça de ouro, preparando a oferenda para Iemanjá e rezando para chegara tempo das sete ondinhas, lembre-se dos nossos votos. Um 2009 com a beleza das coisas SIMPLES."

Esse blog entra hoje oficialmente em recesso. Retorna em 2009.

19.12.08

Meet the Queen

Parte técnica:
simplesmente perfeita, sem nada a dizer.
Nossa super passagem secreta para o Morumbi mais uma vez produziu bons frutos. O trânsito não estava tão ruim quanto parecia e, em um intervalo de uma hora e meia, já estávamos dentro do estádio: incluindo o tempo de trânsito, de achar vaga, e de pegar fila de entrada.
Alguns do trabalho me zuaram já: "você vai para o Morumbi no automático, não sabe nem o que fazer lá, acha que está indo ver o jogo do São Paulo". Tudo bem, eu estava a caminho do Morumbi e sabia muito bem onde eu ia parar.


Parte chata:
A espera. Como demorou a espera. Era uma mistura de cansaço de ficar de pé, com ansiedade para ver a rainha, com frio na barriga de como seria o show. Encontros e desencontros e, como quando as coisas são fáceis elas são simplesmente fáceis, foi muito fácil encontrar a todos que gostaríamos.


O deslumbre:
Ela entra no palco e ela faz o que bem quer. Quando entra já está sentada no trono - sim, ela assume a posição de rainha logo no começo. Tudo aquilo, aquele cubo de mistério, aquele cone de mistério, na verdade tudo aquilo faz parte de toda uma estrutura a la nave espacial que chega chegando e, quando iluminada, faz os queixos caírem. A qualidade do som é fantástica, e a sensação é de que estamos dentro de uma caixa de som.
Ela, a rainha, a que todos os 67 mil presentes são devotos e súditos, é assim: tão rainha que aparenta imune. E pula e canta e dança e faz malabarismos como poucos, mesmo com os seus cinquenta anos. O público fica atônito, e não sabe muito bem como reagir a tudo isso. Ela é simplesmente isso: uma rainha para os seus súditosm deslumbrados.
E como toda rainha ela faz de tudo: chama o ex marido de um "motherfucker" bem suspirado e discreto em Borderline.
Traz uma trupe cigana para dançar e cantar no palco - sim, uma trupe cigana, e é lindo, e todos babam.
Senta no banquinho, faz carinha de carente, faz pessoas chorarem, quando entoa suspirando e com um violão em mãos "You must love me".
Canta "Like a Virgin" só com as palmas das pessoas e todo o Morumbi de "backing vocal".
Faz a gente pular com uma música em seguida da outra: Like a Prayer, Ray of Light, Hung Up. Todas elas com novos arranjos, maravilhosas, renovadas.
Fora todos os efeitos especiais, La Isla Bonita, Get into the Groove, todas as coreografias e o fato de ela ser rainha, incrível, tudo de bom.

No final das duas horas de show, no telão, no palco, tudo diz para o público: Game Over. Mas, quando saímos, ninguém passou ileso.

17.12.08

Frases do Admirável

Pois é. Conforme passa o tempo, a gente vai se encontrando em afinidades com outras pessoas que superam as afinidades comuns. Por exemplo, essa coisa de ser fã do Contardo Calligaris. O cara não escreve fácil, porque às vezes as verdades dele são difíceis de serem lidas, embora ele escreva gostoso e fluido - o que teoricamente tenderia a significar que todos o lêem. Não é bem isso o que acontece: pelo menos com quem eu convivo, muitos o acham intragável, pelo que ele expõe que está dentro da gente e que ninguém quer ver.

Nesse contexto, das coisas que estão dentro da gente e que ninguém quer ver, reproduzo aqui alguns trechos da coluna dele do dia 11/dez/2008: "Zoé e 0 demônio do meio-dia".

"Sobre o tal demônio do meio-dia muito foi escrito e dito: diferente dos diabos que se escondem nos cantos escuros, o que será esse malefício que nos espreita justamente quando o sol está no zênite e o mundo nos aparece sem sombras?
Uma leitura moderna diz que o demônio do meio-dia não é um bicho do inferno, mas é um sofrimento insidioso, específico de uma época em que faltam cantos escuros.
Ele é nossa própria tristeza, a depressão e o tédio produzidos por um mundo com poucas sombras e poucos mistérios.
Em outras palavras, as luzes da razão e da ciência acabaram com aquele sentido que só uma transcendência (divina ou diabólica, benéfica ou maléfica, tanto faz) podia conferir à vida.
Por excesso de luz, em suma, o mundo perdeu seus horrores, mas também seu encanto; com isso, é preciso que Deus nos proteja do demônio do meio-dia, ou seja, do tédio e da tristeza.
Ao inventar cantos escuros e ao povoá-los de "troços" inquietantes, Zoé está se protegendo contra o demônio do meio-dia -com toda razão, pois esse é provavelmente o mais pernicioso de todos.
Muito melhor se deparar com Freddy Kruger do que não achar graça no mundo.
"Filosofia do Tédio", de Lars Svenden (Zahar), é uma brilhante meditação sobre a dificuldade moderna em nos interessarmos pela vida, uma vez que ela não é mais justificada pela palavra divina ou por nossa luta heróica contra os "troços" que circulam pelas trevas.
Para Svenden, contra o tédio, ainda não inventamos nada melhor do que o remédio do Romantismo: uma mistura de anestesia (drogas lícitas e ilícitas) com transgressões que deveriam provar que estamos vivendo grandes aventuras e experiências "incríveis".
Se for para escolher, prefiro os esforços de Zoé para repovoar o mundo de monstros e demônios."
(...)
"O tédio moderno é uma forma de arrogância: a vida é chata porque nós seríamos maiores que sua suposta trivialidade insossa; tendemos a menosprezar o cenário onde nos toca viver, como se ele fosse demasiado banal para nossas façanhas. Pois bem, o segredo de Brum* é o oposto disso, é uma extraordinária humildade diante do que existe."
*Eliane Brum, autora de "O Olho da Rua", da Ed. Globo.

As pessoas não se assumem assustadas pelo demônio do meio-dia, muito menos se assumem sofrendo com o mal do tédio e da postura blasè diante de tudo. E aí, às vezes, quando eu fico encantadinha com essas coisas corriqueiras, tipo o chocolate que eu ganhei ontem da amiga do coração (e o que importa é menos o chocolate e muito mais a forma que ele foi dado), estou quase que cara-a-cara com a "extraordinária humildade" a la Eliane Brum. Nada a ver com o tédio moderno, blasè, arrogante, que o Svenden trabalha. Nada a ver com "anestesia e transgressões". Eu diria até, talvez, it's a kind of magic - não tanto pelo que faço ou deixo de fazer, e um pouco mais pelo olhar carinhoso que dou a tudo isso.

Enquanto isso, em algum quarto escuro no centro de São Paulo, alguém grita que não acredita em mágica e que não há mágica. Grita, grita tanto, perde a voz. Fica rouco e sozinho, só quem o escuta é quem está com ele dentro desse mesmo quarto escuro. Esse mesmo alguém, ainda dentro desse quarto escuro, se intoxica, principalmente com as ilícitas, ao mesmo tempo em que tomas atitudes radicais quando sai à noite e consegue extrapolar na balada toda a pressão insuportável desse mundo louco onde a leveza lhe é insustentável. Esse alguém se sente transgredindo e anestesiando, a ele mesmo e aos outros ao seu redor.
Entende tudo isso com alguma forma incrível de curtição, quando não percebe que isso nada mais é do que resultado do excesso de tédio, quando não entende que antes de tudo, seu comportamento é blasè e indiferente - e não intenso, vivido, e vívido.
A esse alguém, tudo o que eu posso fazer é desejar-lhe boa sorte.

15.12.08

Disseminando a Causa

Cartão de Natal pelo Consumo Consciente?

http://akatu.soluttia.com.br/cartao2008/

É o Instituto Akatu ajudando a gente a construir em 2009 o mundo que a gente quer.

Só colocar a fotinho, escolher os amigos, escolher sua decisão para 2009, e mandar bala.

Frases Pingadas

"O que não tem começo oficial, não tem fim oficial, então acho que você não precise falar para ele: tchau"

"Somos 16... então traz 30 pães da padaria, tá? Não precisa trazer frios, teremos carne louca além das salsichas"

"Ela quer um lugar com gente bonita, e eu só quero dançar, então devemos ir ao Grazie a Dio"

"Esse daqui é do bom, eu estava guardando para o auge"

"Oi, meu nome é Bruno. Desculpa ter derrubado meu copo no seu lindo pé. Vou equilibrar ele aqui na minha cabeça, quem sabe ele não cai"

"Vamos comprar pro Edu uma toalha de banho do São Paulo?"

"É pertinho, uma quadra, mas nunca senti tanto medo em uma distância tão pequena"

"É, eu tenho preguiça de trocar as marchas do carro, por isso que às vezes ele fica parecendo um foguete no motor"

"A vista desse lugar é incrível"

"Você está bem, né? Mas quando a gente tem um ninho em ordem, quer alguém no ninho com a gente"

"Ah, então é você que é a famosa?"

"Sim, precisamos conversar a sério sobre esse assunto"

"Essa sua evolução espiritual te abre muitas portas. Mas toma cuidado com a sua 'ingenuidade empolgada', tá? Ela pode te colocar em algumas frias pela vida..."

"Você me mordeu!! Está louca?"

"Ju, agora ele está solteiro. Ah, mas é verdade, esse não é para você... é para a Mari"

"Acho que eu vou ver a luz do outro lado do rio"

"A vela para iluminar a alma"

"Então caiu a sua restituição do Imposto de Renda?"

"Mais perto de uma popstar do que a gente poderia imaginar, né?"

"Meu fim de ano só começa com o show da Madonna"

"Uma calça florida para levar para a Bahia"

"Iríamos para Santa Catarina no Reveillon. Agora não sei mais se conseguimos chegar lá..."

"Deletei o email sobre a Sociedade Secreta com medo de queima de arquivo"

"A Helena virou lenda hoje à noite, né? Mas ela está dormindo na minha mãe"

Frases pingadas, ouvidas por mim nos últimos dias.
Nenhuma delas foi direcionada diretamente a mim, mas eu estava lá na hora, testemunhando. Elas também não fazem sentido assim, isoladas de qualquer contexto.
O sentido, sutil, delas, está na livre associação que definiu a ordem que elas foram aparecendo nesse texto. De livre associação, nem eu entendo.
Mas hoje à tarde o silêncio sereno estava aí para provar que ele existe e para apavorar idéias acuadas.

10.12.08

Argentinices deliciosas, deliciosamente Argentina

Pois bem. Fui uma vez em 2006, julho, e outra vez em 2006/2007, Reveillon.
Me apaixonei. Pela cidade. Pelo bom ar. Pelas sensações inéditas e maravilhosas. Pelo argentino em julho e pelo brasileiro no Reveillon.


Buenos Aires para mim é simples assim: paixão à primeira vista, por tudo, por todos os poros. Meu encontro/imersão/mergulho com tudo o que se tem de sensações mais positivas nesse mundo. Como se, em Buenos Aires, o mundo ganhasse cores diferentes. Como se, em Buenos Aires, viver um grande amor cinematográfico comigo mesma (auto-estima e blá-blá-blá) e com alguém (especial e inteligente e blá-blá-blá) fosse mais possível do que é em outras cidades.

Dizem as teorias psicanalíticas que paixão nada mais é do que ver o outro exatamente do jeito que a gente imagina e deseja que o outro seja - simplificando, paixão é estar de cara com o que idealizamos. E ponto. Óbvio que faz total sentido... a minha Buenos Aires é a cidade que eu imaginei para mim - e não, a minha Buenos Aires não existe na realidade de mais ninguém. Mas a cidade me emociona a ponto de eu me colocar aos prantos quando soube que nossas nove noites lá estão confirmadas.


Em Buenos Aires, e isso é estranho, eu quero simplesmente me sentir muito mais bonita e muito melhor. A cidade tem essa coisa meio mágica de potencializar o que eu tenho de melhor. Incrível, simplesmente.


Planos concretos estão aí, e a cidade está na minha perspectiva para daqui uns dois ou três anos. Perspectiva daquelas definitivas, nada de brincar de visitar a cidade, e sim de levar tudo isso de melhor no mundo a sério e por bastante tempo... (sim, basicamente vocês terão um sofá ou uma cama em Buenos Aires, pelas minhas perspectivas).


Aproveitando esse clima, e que estou mergulhada na função de conhecer mais da Outra Buenos Aires (aquela menos turística do portuñol e mais legitimamente porteña), vou colocar aqui dois posts da simpaticíssima Adriana Kuchler, ex-correspondente da Folha em Buenos Aires, e quando ela morava lá ela escrevia no querido (e recém extinto) blog Tangos e Tragédias. http://tangosetragedias.folha.blog.uol.com.br/


Portanto, reproduzo aqui dois posts dela: "Argentinices" e "Yo, Argentino". Só porque estou entrando no clima...


Argentinices (23/10/2008)
Ao longo de quase nove meses de Argentina, esse blog vem colhendo suas palavras e expressões argentinas preferidas. Algumas delas podem ajudar o forasteiro a se comunicar, outras são inteligentes, e outras, divertidas e só.
* Sí o sí (sim ou sim) = obrigatoriamente, de qualquer maneira. Ex: O Boca tem que ganhar hoje sim ou sim.
* A paso de hombre (a passo de homem) = devagar. Usado normalmente em engarrafamentos. Ex: Os carros estão andando a passo de homem.
* Te comiste un payaso? (Comeu um palhaço) = engraçadinho.
* Más solo que Hitler en el Día del Amigo/ Más sólo que Hitler en Once (Mais sozinho que Hitler no Dia do Amigo/Mais sozinho que Hitler no Onze -bairro com grande concentração de judeus) = abandonado. Geralmente usado para políticos em situação complicada.
* Ponga huevos (ponha ovos/testículos) = seja corajoso, tenha culhão.
* Inmejorable ('inmelhorável') = Melhor impossível em uma palavra só.
* Aguinaldo = 13º salário
* Tarada (idiota) = Usado normalmente para distingüir a loiras exaltadas Ex: Aí vem a "rubia tarada" (loira burra).
* Boquete (buraco/rombo/túnel) = Aplicado normalmente em tentativas de assalto a banco. Ex.: A polícia descobriu um "bando de boqueteros" enquanto tentavam entrar por um "boquete" na sede do banco x.
* Fueron felices y comeron perdices (foram felizes e comeram perdizes) = E foram felizes para sempre.
* Vaquita de san Antonio (vaquinha de santo Antônio) = joaninha.
* Ojo (olho) = Fique ligado, preste atenção.
* Viveza criolla (vivacidade criola) = malandragem argentina.


Yo, Argentino

Yo, argentino (30/10/2008)
"Yo, argentino" é mais uma das argentinices, como aquelas de um post abaixo. Além de "eu, argentino", significa "eu não tenho nada a ver com isso" ou "eu lavo as minhas mãos".
Às vésperas de deixar este blog e esta cidade, queria compartilhar com os nossos cinco leitores algumas reflexões sobre quem é o argentino, esse ser tão complexo.
Na falta de uma só definição que se encaixe perfeitamente, decidi expor algumas delas, publicadas no livro "Argentinos - Mitos, manias e milongas", que a amiga Marcia Carmo, correspondente da BBC por aqui, escreveu com Monica Yanakiew.
Com a devida autorização dada, os argentinos por eles mesmos:
* "Aqui o esporte nacional é fazer filosofia. Cai o teto da casa, e os argentinos abrem o debate: 'Foi o destino? Foram os políticos? Ou foi nossa culpa, que não soubemos construir o teto?' Analisamos todas as causas e os efeitos, problematizamos o problema. Mas consertar o teto que é bom, nada. E, quando consertamos, cometemos os mesmos erros" - Jorge Telerman, ex-vice-chefe de governo da capital argentina
* "Os argentinos gostam de falar de seus problemas e têm uma ânsia por se exibir _quando estão muito bem e também quando estão muito mal. Sofrem da combinação de melancolia e neurose" - Gabriel Juri, psicanalista
* "Sou argentino. Não tenho porque ser um traficante de otimismo" - Jorge Assis, escritor
* "Os argentinos têm duplo discurso, dupla nacionalidade, duplo passaporte e, quando algum plano econômico valoriza nossa moeda e nos faz sentir mais ricos do que somos, viajamos, esbanjamos, conquistando o apelido de 'deme dos' (me dá dois)" - Maria Laura Avignolo - jornalista
* "Os argentinos são passionais. Quando se apaixonam, se apaixonam seriamente. Endeusam o ser amado. E, quando percebem o primeiro defeito, sentem uma desilusão enorme. Por isso, oscilam entre o paraíso e o inferno" - Nik, cartunista
* "A verdade é que nós argentinos somos ciclotímicos" - Sergio Berensztein, professor de relações internacionais da Universidade Torcuato Di Tella
* "O país está sobrepensado e subexecutado", Rafael Bielsa, ex-chanceler argentino
* "Os presidentes argentinos não fazem da política uma rotina. Fazem dela uma epopéia" - Julio Maria Sanguinetti, ex-presidente do Uruguai
* "Os argentinos nascem com uma sabedoria imanente. Individualmente, se caracterizam por sua simpatia e sua inteligência. Cada um é um gênio e os gênios nunca se dão uns com os outros. Por isso, é fácil reunir argentinos, uni-los jamais" - texto de uma corrente de e-mails que circulava pelo país sob o título "Uma descrição perfeita dos argentinos"