Parte técnica:
simplesmente perfeita, sem nada a dizer.
Nossa super passagem secreta para o Morumbi mais uma vez produziu bons frutos. O trânsito não estava tão ruim quanto parecia e, em um intervalo de uma hora e meia, já estávamos dentro do estádio: incluindo o tempo de trânsito, de achar vaga, e de pegar fila de entrada.
Alguns do trabalho me zuaram já: "você vai para o Morumbi no automático, não sabe nem o que fazer lá, acha que está indo ver o jogo do São Paulo". Tudo bem, eu estava a caminho do Morumbi e sabia muito bem onde eu ia parar.
Parte chata:
A espera. Como demorou a espera. Era uma mistura de cansaço de ficar de pé, com ansiedade para ver a rainha, com frio na barriga de como seria o show. Encontros e desencontros e, como quando as coisas são fáceis elas são simplesmente fáceis, foi muito fácil encontrar a todos que gostaríamos.
O deslumbre:
Ela entra no palco e ela faz o que bem quer. Quando entra já está sentada no trono - sim, ela assume a posição de rainha logo no começo. Tudo aquilo, aquele cubo de mistério, aquele cone de mistério, na verdade tudo aquilo faz parte de toda uma estrutura a la nave espacial que chega chegando e, quando iluminada, faz os queixos caírem. A qualidade do som é fantástica, e a sensação é de que estamos dentro de uma caixa de som.
Ela, a rainha, a que todos os 67 mil presentes são devotos e súditos, é assim: tão rainha que aparenta imune. E pula e canta e dança e faz malabarismos como poucos, mesmo com os seus cinquenta anos. O público fica atônito, e não sabe muito bem como reagir a tudo isso. Ela é simplesmente isso: uma rainha para os seus súditosm deslumbrados.
E como toda rainha ela faz de tudo: chama o ex marido de um "motherfucker" bem suspirado e discreto em Borderline.
Traz uma trupe cigana para dançar e cantar no palco - sim, uma trupe cigana, e é lindo, e todos babam.
Senta no banquinho, faz carinha de carente, faz pessoas chorarem, quando entoa suspirando e com um violão em mãos "You must love me".
Canta "Like a Virgin" só com as palmas das pessoas e todo o Morumbi de "backing vocal".
Faz a gente pular com uma música em seguida da outra: Like a Prayer, Ray of Light, Hung Up. Todas elas com novos arranjos, maravilhosas, renovadas.
Fora todos os efeitos especiais, La Isla Bonita, Get into the Groove, todas as coreografias e o fato de ela ser rainha, incrível, tudo de bom.
No final das duas horas de show, no telão, no palco, tudo diz para o público: Game Over. Mas, quando saímos, ninguém passou ileso.
Melancolia
Há 3 anos
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