27.12.05

Sugestões de Leituras

A-do-ro ler.

Muito.

Literatura do mais variado tipo...

Agradeço aos meus pais por me incentivarem desde pequena a entrar no mundo mágico dos livros e das letrinhas.

Agradeço ao meu irmão por, hoje em dia, ser quem mais me dá livros. Infelizmente, no entanto, não consigo ler quando estou em aulas, ler literatura por lazer. Leio muito, sim, mas assuntos relacionados à pós.

Enfim, o fato é que acumulei livros de aniversário e de Natal e agora tenho 6 livros para ler até o começo das aulas, dia 13/fevereiro. Não é muito, é fato, principalmente para quem gosta de ler. Mas no meu 2006 de mudanças de perspectivas vou abrir mão de umas baladas externas para fazer baladas internas, mergulhos na ficção literária.

Então vamos lá... parando com as enrolações, seguem as sugestões (adoro fazer rimas baratas)

- Amor Líquido: ganhei de aniversário do meu querido amigo Antônio. Ele diz que é preu ler para entender mais as coisas dessa vida amorosa sentimental cheia de altos e baixos que eu tenho. É a visão de um sociólogo austríaco sobre as relações amorosas hoje em dia. Ainda não tive coragem de abrir nem a primeira página...

- Os Cus de Judas: Livro de uma internacionalista para outra internacionalista, também de aniversário. Escritor português que fala sobre a guerra de independência em Angola. Super bem cotado nos corredores da Flip e em rodinhas restritas de pseudo-intelectuais-puquianos-internacionalistas. É nóis!

- As Intermitências da Morte: Preciso me aprimorar no quesito Saramago, sem dúvida nenhuma. E aí que a amiga desaparecida que vem reaparecendo aos poucos me deu de aniversário García Marquez, Memórias de Minhas Putas Tristes. Mas esse eu já tinha lido em janeiro de 2005, o Edudu me deu de Natal a versão em español: Memórias de mis putas tristes. Daí eu troquei pelo Saramago. Ele tá em algum lugar na pilha de livros da minha escrivaninha, mas será a próxima vítima desse verão. Do Saramago antes eu só tinha lido A Bagagem do Viajante, livro de observações ásperas sobre situações sociais comuns a todos os que... convivem em sociedade! Esse livro desenvolveu em mim, digamos, um "superego Saramago" que, além do meu próprio superego, olha para mim de cima para baixo e fala: Mariana! Você realmente consegue ser babaca quando quer, né?

- Os Amores Difíceis: essa história é loucura. Eu ADORO Ítalo Calvino, MESMO. Daí sábado dia 17 estava eu comendo às duas da manhã no Joakins com a Robi, trocando bizarras confidências oníricas, e ela me recomendou esse livro. Daí uma semana depois, ganhei esse livro de Natal. Adoro Ítalo Calvino. Acho que vou repetir para sempre essa frase.

- O Círculo Fechado: ano passado no meu aniversário o Edudu (sempre ele) me deu um livro chamado Bem-Vindo ao Clube, de um escritor britânico expoente da literatura contemporânea, e que foi aclamado pela crítica na Flip de 2004, chamado Jonathan Coe. Nesse livro, o Edudu escreveu a mais linda dedicatória que alguém já poderia ter escrito nessa vida para mim. E a história do Bem-vindo ao Clube é a história de um grupo de amigos na Birmingham na década de 70. Nessa história tem um monte de fatores para uma ótima narrativa: grupo de adolescentes que descobre os cigarros, as bebidas e os amores e que escreve os jornal da escola; pais desses amigos que brigam entre si, porque um é diretor da indústria local e o outro é presidente do sindicato; atentado do IRA num Pub que mata o namorado da irmã de um dos caras da turma; férias em família numa praia na Dinamarca; ascensão da Thatcher no cenário político britânico; entre milhares de outras coisas. O autor define o Bem-vindo ao Clube como a descoberta do fim da inocência. Já o Circulo Fechado é a continuação dessa história, com os mesmos personagens, mas se passa em Londres e na época entre 1999 e 2003. Todos da turma já estão trintões-quase-quarentões, alguns casados, outros não, todos encaminhados profissionalmente, o Blair tomou o poder, e a invasão do Iraque está prestes a acontecer. O Jonathan Coe diz que o Circulo Fechado é a descoberta da maturidade e da melancolia. Então tá. Ontem comecei a ler esse livro... fui dormir às 2 da matina, tendo lido quase 100 páginas numa tacada só.

- O Sangue da Terra: em 1999 tava passeando por uma livraria e vi um livro com uma capinha engraçadinha. Se chamava A Viagem de Théo. Devo confessar que capinhas engraçadinhas e coloridinhas me atraem. Mas daí peguei, como sempre pego, para ler o verso do livro, as orebinhas do livro, e o primeiro capítulo do livro. E era um livro sobre um menino que viajava e conhecia religiões do mundo. Foi esse livro que me abriu para o tema da teologia e que me inspirou a estudar isso sozinha. Daí eu aprendi muuuuuuito e posso dizer que hoje em dia sigo uma religião só minha, que eu inventei com o que eu aprendi. O Sangue da Terra tem como subtítulo "A Outra Viagem de Théo". Dessa vez o Théo já está crescidinho e trabalha na Médicos sem Fronteira, e o tema que ele vai fazer ele viajar o mundo agora é o desenvolvimento sustentável, o meio-ambiente, e como as diferentes religiões enxergam o meio-ambiente. Tô pronta para embarcar em mais uma deliciosa viagem da dona Cathérine Clèment, antropóloga francesa autora dos dois livros.

Tô pronta também para mais uma férias com viagem literária - com a diferença que dessa vez não será uma férias propriamente dita... mas enfim, mesmo assim life goes on.

Um comentário:

Anônimo disse...

Querida.
Seu blog está muito legal. Agora, além da Folha, lerei Marix Burning Rome!!
Beijinhos