Todo dois de fevereiro tem sido assim desde que eu comecei com essa história de Iemanjá: todo dois de fevereiro tem sido uma bênção, no sentido mais amplo e também mais restrito que isso possa significar.
Aqui está então, essa imagem grande e linda, demonstração de minha devoção e veneração pela Rainha dos Mares, deusa - como Oxum - da fertilidade e do feminino.
Em homenagem a ela, coloco aqui não uma letra específica para Iemanjá, e sim para tudo quanto é fé de tudo quanto é orixá das religiões afro-brasileiras. Porque fé não me costuma faltar, e Iemanjá é só o meu melhor exemplo disso.
Milagres do Povo
(Caetano Veloso)
Quem é ateu e viu milagres como eu
Sabe que os deuses sem Deus
Não cessam de brotar, nem cansam de esperar
E o coração que é soberano e que é senhor
Não cabe na escravidão, não cabe no seu não
Não cabe em si de tanto sim
É pura dança e sexo e glória, e paira para além da história
Ojuobá ia lá e via
Ojuobahia
Xangô manda chamar Obatalá guia
Mamãe Oxum chora lagrimalegria
Pétalas de Iemanjá Iansã-Oiá ia
Ojuobá ia lá e via
Ojuobahia
Obá
É no xaréu que brilha a prata luz do céu
E o povo negro entendeu que o grande vencedor
Se ergue além da dor
Tudo chegou sobrevivente num navio
Quem descobriu o Brasil?
Foi o negro que viu a crueldade bem de frente
E ainda produziu milagres de fé no extremo ocidente
Ojuobá ia lá e via
Ojuobahia
Xangô manda chamar Obatalá guia
Mamãe Oxum chora lagrimalegria
Pétalas de Iemanjá Iansã-Oiá ia
Ojuobá ia lá e via
Ojuobahia
Obá...
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