1.8.08

A estranha mania de ter fé na vida, vai ter de ser faca amolada

Eu sempre tive fé na vida, e alguns até me questionavam e achavam estranho.
Um pouco louca, quem sabe.
Sempre gostei de atitudes arriscadas, porque alguma coisa bem irracional lá no fundo das minhas idéias me diziam que vai dar certo - era fé, certamente.
E agora, é isso, vingou, virou, deu certo.
É muita fé, muita força de pensamento, muito acreditar em coisas abstratas e também em coisas muito concretas.
Às vezes me bate a certeza que ser um pouco jedi nas idéias e na cabeça é simplesmente uma questão de sobrevivência.
É isso, se a gente realmente acredita, se a gente realmente coloca atenção, coloca esforço, se dedica, cuida, se volta para isso.
Se a gente vai, e anda com fé.
Pronto.
Dá certo.
Minha sensação interna de felicidade é tão absurda que eu não sei se consigo expressar ela da maneira devida. Na verdade eu não sei se as pessoas gostariam de compartilhar isso, ou até, se elas entenderiam tamanha euforia. "Exagerada ela, não?"
O ponto é que é uma conquista tão grande e tão minha que ninguém além de mim sabe o real tamanho da relevância disso tudo.
E hoje eu definitivamente não caibo em mim. Estou muito maior.
Então eu fico quieta, soltando fogos de artifício por dentro, em um constante surto emocionado calado e eufórico.

Fé Cega, Faca Amolada
(Milton Nascimento / Fernando Brant)
Agora não pergunto mais aonde vai a estrada
Agora não espero mais aquela madrugada
Vai ser, vai ser, vai ter que ser, vai ser faca amolada
O brilho cego de paixão e fé, faca amolada
Deixar a sua luz brilhar e ser muito tranquilo
Deixar o seu amor crescer e ser muito tranquilo
Brilhar, brilhar, acontecer, brilhar, faca amolada
Irmão, irmã, irmã, irmão de fé, faca amolada
Plantar o trigo e refazer o pão de cada dia
Beber o vinho e renascer na luz de todo dia
A fé, a fé, paixão e fé, a fé, faca amolada
O chão, o chão, o sal da terra o chão, faca amolada
Deixar a sua luz brilhar no pão de cada dia
Deixar o seu amor crescer na luz de todo dia
Vai ser, vai ser, vai ter que ser, vai ser muito tranquilo
O brilho cego de paixão e fé, faca amolada

Maria, Maria
(Milton Nascimento / Fernando Brant)
Maria, Maria
É um dom, uma certa magia
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece viver e amar
Como outra qualquer do planeta
Maria, Maria
É o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que rí quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca possui a estranha mania de ter fé na vida...
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria mistura a dor e a alegria...
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca possui a estranha mania de ter fé na vida....

Um comentário:

Denis disse...

"É preciso ter sonho sempre"

e eu digo

"Me tirem tudo mas não me tirem meus sonhos"