16.11.05

Sobre coxinhas e frituras

Post proibido para crianças com menos de 16 anos que não saibam mexer com fogo.

Todos dizem, é senso comum já, que eu sou a maior filhinha de papai perdidaça na cozinha, que não sei nem descascar laranja (essa é uma crítica recorrente da minha avó, que diz que eu não caso enquanto não aprender a descascar laranja), quanto mais cozinhar qualquer coisa. E que a minha vida é uma moleza porque tenho a Cidoca que há dez anos e meio me mima e me trata bem e faz as minhas vontades gastronômicas se transformaram em realidade.

É verdade tudo isso, e não me esforçarei em negar. Óbvio que eu não tenho orgulho de ser assim, mas eu sou. Fazer o que?

Daí estava eu sábado, feliz e contente, em um aniver, quando o aniversariante me chama para a cozinha e me mostra um frigideira com óleo borbulhante e coxinhas despedaçadas em pequeninos fragmentos. A aparência daquilo lá estava horrível. Atrás dele, dois tupperwares (não sei escrever) enormes lotados de coxinhas, risoles, bolinha de queijo.

A primeira reação foi aquela gargalhada tensa, do tipo what the fuck did you do to go wrong? Depois resolvi racionalizar e pensei: meeeeeu, não deve ser tão difícil. Lembrei-me das épocas que a Edna ficava fritando coxinha na casa da minha avó, lembrança de quando eu tinha meus 5 anos. Daí falei: "DBV, é óbvio! O óleo tem que estar quente! Muito quente mesmo!"

Isso porque DBV mora sozinha há sei lá quanto tempo e pilota o fogão como poucos.

DBV então constatou que o óleo da casa tinha acabado. Daí voltamos para a sala e depois de um tempo DBV me chama na cozinha de novo... Lá estava ele, fritando coxinhas propriamente falando, com o óleo realmente quente, que ele havia reciclado da fritada frustrada de antes. As coxinhas ficavam douradinhas assim, rápido.

Fantástico!!!

E enfim, fritamos algumas coxinhas, quer dizer, DBV fritou com o apoio moral da fiel escudeira que essa história vos relata, porque afinal ele jamais dexaria eu pegar nas coxinhas.

E as pessoas realmente gostaram das coxinhas! Gostaram tanto que só paramos de fritar quando o óleo já estava com aquelas bolinhas pretas que deixavam as coxinhas feias.

No final, resultado da noite: alguns dedos queimados, e muita risada. Muuuuuuita risada!

E a filhinha de papai deu um banho de teoria no cozinheiro nato!

A moral da história, de uma ex-fritante-de-neurônios, é: a única coisa que compensa fritar é coxinha!

Poupem seus neurônios, não os fritem jamais!

3 comentários:

Camila disse...

Adoro coxinhas. Mas prefiro quando elas já vêm prontas...

Camila disse...

vc não está cumprindo sua meta diária... tsc tsc...

Camila disse...

aaaaah crise de abstinênciaaaaa!