26.4.07

Três Meses

Três meses de infindáveis conversas.
Eu quero a sorte de um amor tranqüilo

Três meses de risadas sem fim.
Com sabor de fruta mordida

Três meses de uma coisa louca.
Nós na batida, no embalo da rede

Três meses, ele zuando da minha cara.
Matando a sede na saliva

Três meses, eu zuando da cara dele.
Ser teu pão, ser tua comida

Três meses, muito colo e mimitos.
Todo amor que houver nessa vida

Três meses, telefonemas antes de ir dormir.
E algum trocado pra dar garantia

Três meses, saudades a semana toda.
E ser artista no nosso convívio

Três meses, sábados que parecem um grude.
Pelo inferno e céu de todo dia

Três meses, cervejas e cigarros.
Pra poesia que a gente não vive

Três meses, os amigos dele viraram meus, os meus amigos viraram dele.
Transformar o tédio em melodia

Três meses, cantar duetos improvisados.
Ser teu pão, ser tua comida

Três meses, baladas, casamento, viagens.
Todo amor que houver nessa vida

Três meses, ronco, pum, arroto.
E algum veneno antimonotonia

Três meses, todos os planos do mundo pro futuro.
E se eu achar a tua fonte escondida

Três meses e um conhece muito do outro.
Te alcanço em cheio, o mel e a ferida

Três meses e um não conhece nada do outro.
E o corpo inteiro como um furacão

Três meses e dividir: aprendizado contínuo.
Boca, nuca, mão e a tua mente não

Três meses e a cada dia que passa, gostar mais.
Ser teu pão, ser tua comida

Três meses e nada de wok para ninguém.
Todo amor que houver nessa vida

Três meses de olho que brilha e sorriso que explode.
E algum remédio que me dê alegria

Três meses e nada de ontem é hoje.

ps.: post comemorativo, dedicado ao ato de apertar mais gostoso do mundo.
ps.2: "Todo amor que houver nessa vida", Cazuza.

Um comentário:

raisedbywolves disse...

Ui, que bom que parece...
E obrigadinha pelo comentário, vou tentar escrever sempre! Beijos, prima apaixonada.